27 de outubro de 2009

O DINHEIRO NÃO TEM CHEIRO


«Esta foi a resposta que Vespasiano terá dado a seu filho Tito, quando este se lhe dirigiu, escandalizado, pelo facto de seu pai, o Imperador de Roma, ter resolvido taxar a utilização dos mictórios públicos da Cidade Eterna.
De facto, o dinheiro não tem cheiro, principalmente para alguns que, de tanto defender os seus interesses, não hesitam em preconizar a integração de Portugal na mítica Ibéria, claro está, sob a inevitável direcção de Madrid.
Esses mesmos defendem o TGV, moderna recriação das Vias construídas para integrar as partes do Império Romano, escondendo do Povo que os encargos dessa obra megalómana oscilam entre os 8 mil e os 9 mil milhões de euros, ou seja, cada Português (dos 0 aos 100 anos, seja milionário ou beneficiário do RSI) pagará, em média, 800 a 900 euros, isto se não forem aprovadas as duas novas linhas que farão disparar os custos para cerca de 15 mil milhões de euros!
Sempre soube que a finalidade imediata da banca era a aquisição de lucro e rendimentos, o que não tem em si nenhum mal. Mas o mesmo já não se pode dizer se esse lucro for conseguido à custa de um brutal endividamento do País, para mais numa época em que a nossa dívida externa está a aumentar 2 milhões de euros por hora (!), estando já a igualar o PIB nacional.
Nexte contexto, não surpreende que quem defende aquelas quiméricas ideias venha, agora, sentenciar que "Tenho uma grande consideração por Teixeira dos Santos e acho que é dos melhores ministros das Finanças que Portugal já teve”. Ricardo Salgado dixit.
De facto, o dinheiro não tem cheiro.
E, também é verdade, o Poder é afrodisíaco.
Mas quem irá pagar a factura de toda esta loucura, de toda esta irresponsabilidade que já faz Portugal parecer um velho país senil?»
Rui Crull Tabosa, blog 31 da Armada


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