«Sem sustentação económica não se é livre. Com um desemprego brutal não se é livre. Com 700 mil funcionários públicos, com medo que o colega vá denunciá-lo; com um SIS que não se sabe o que faz... não se é livre.»
«Gostava de ter uma conversa pública com o Dr. Mário Soares. Para ele perceber o que é que nos separa hoje. Ele é um político alheio a números e à realidade económica, convicto de que com a política faz-se o que se quer. E cada vez mais, a política depende da economia. Os políticos hoje não podem fazer senão estas aldrabices eleitorais, dão mais um subsídio aqui, tiram dalém. Uma fantochada. A social-democracia e o socialismo democrático não poderão ser nada, hoje, se não recompuserem a economia. É uma crítica que faço a estes governos, todos, que não perceberam isto.»
«Sou amigo dele (M. Soares). Só tenho pena que ele não tenha percebido o mundo em que já vive.»
«Havia razões para ter esperança. Tínhamos ideias, pessoas, um país e esperança. Hoje não temos ideias, pessoas, um país e esperança. Esse é o contraste entre 26 de Abril de 75 e Outubro de 2009.»
HENRIQUE MEDINA CARREIRA, entrevistado Anabela Mota Ribeiro, Jornal de Negócios 23.Out.2009
foto por © Miguel Baltazar - Jornal de Negócios
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Uma entrevista surpreendente de uma das poucas vozes que avisam há anos para o que Portugal tem pela frente se nada mudar rapidamente. Só lhe fazem entrevistas, mas o Homem quer mesmo é debater...
Não será este o Presidente da República que Portugal precisa em Janeiro de 2011?
A entrevista completa a não perder, no novo portal VER - Valores, Ética e Responsabilidade (subscrição gratuita)
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