«Isilda Gomes vai regressar ao Governo Civil de Faro, depois de em Agosto ter pedido a exoneração do cargo para se apresentar como candidata pelo PS nas eleições legislativas de Setembro e de ter sido eleita.
O retorno acontece por decisão de Isilda Gomes, por entender que na região do Algarve terá mais protagonismo político e servirá melhor no Governo Civil os interesses dos algarvios.
Isilda Gomes, que foi mandatária política pelo PS de Portimão e número três na lista socialista candidata às legislativas, foi um dos cinco governadores civis que pediram o afastamento do cargo para concorrer às eleições.»
Como já toda a gente percebeu há muito tempo os Governos Civis não têm outra razão de ser senão a da inércia organizativa de um Estado lastimoso e multiplicador de tachos. Um ultrapassado e datadíssimo nível intermédio da administração pública sem razão objectiva de ser e que, como tal, deve ser extinto o mais rapidamente possível, com as respectivas competências transferidas para as autarquias locais. Evidentemente.
O que ninguém parece perceber é qual a origem do poder pessoal de Isilda Gomes, designadamente junto de quem nomeia os Governadores Civis: o Conselho de Ministros.
Poder esse que lhe permitiu decidir-se por uma normal candidatura ao Parlamento para, poucas semanas após ser eleita, voltar a decidir... regressar ao seu cargo anterior.
Seria esclarecedor conhecer a opinião do Tenente-Coronel Carlos Silva Gomes (ex-Chefe de Gabinete de Isilda Gomes) que se prestou ao serviço de comandar o Governo Civil do Algarve por tão pouco tempo. Pode ser que algum órgão de comunicação do Algarve se lembre de lha pedir.
Não é crível que tal manobra tenha sido (dis)simulada, ou que seja este mais um episódio da utilização continuada do Estado para fins partidários. Mas o que é facto é que os dois pressupostos que motivaram a ex-ex-Governadora Isilda Gomes decidir-se pelo regresso às anteriores funções ("ter mais protagonismo político na região do Algarve" e "servir melhor no Governo Civil os interesses dos algarvios") já existiam quando decidiu candidatar-se às Legislativas 2009. Vale tudo mesmo!?!?
As redundantes, decorativas e caras "competências" dos Governos Civis em Portugal são:
«a. Representação do Governo;
b. Aproximação entre o cidadão e a Administração;
c. Segurança Pública;
d. Protecção Civil.»
b. Aproximação entre o cidadão e a Administração;
c. Segurança Pública;
d. Protecção Civil.»
fonte: site do "Governo Civil do Distrito de FARO".
Sem comentários:
Enviar um comentário
PARTICIPE COM OS SEUS COMENTÁRIOS
(se desejar participar neste blog como membro envie uma mensagem para blagosfera@gmail.com )