«(...) Num país com círculos uninominais, capazes de responsabilizar cada deputado, seria legítimo esperar que, em matérias ‘fracturantes’, o tribuno votasse de acordo com os seus princípios e a sua inviolável consciência.
Acontece que Portugal não vive nesse patamar de civilização; vive com um sistema partidocrático em que os deputados servem apenas para encher as ‘listas’ a concurso. Em rigor, eles não são deputados; são figurantes. E, quando chegam ao hemiciclo, é natural que votem como o chefe manda porque foi o chefe, e não o ‘povo’, quem verdadeiramente os levou para lá.
Aliás, no nosso infantário parlamentar, o chefe não se limita a impor silêncios; ele pode, como se vê, conceder direito de ruído a cinco ou seis índios, para que brinquem no recreio com os outros cobóis.
Quando o pai é tirano, há sempre filhos e enteados.» JOÃO PEREIRA COUTINHO 08-01-2010
Como o Presidente Sarkhozy disse que coincide em tudo com o PM Sócrates, excepto na opção política, então também coincide na questão do sistema político. O que nos conduz a outra questão:
SERÁ POSSÍVEL QUE SÓCRATES ESTEJA A PENSAR SER PRESIDENTE DA REPÚBLICA PARA ALTERAR O SISTEMA POLÍTICO PARA UMA CONFIGURAÇÃO PRESIDENCIAL COMO A FRANCESA?
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