29 de novembro de 2009

ESTADOÍNA: A "NOVA" DROGA DOS PORTUGUESES ?

imagem PDR
«Se se quiser participação, há que respeitar as pessoas, dando-lhes conhecimento, informação e manifestando respeito pelas opiniões contrárias. Participar é isso. Quando não se quer que as pessoas participem faz-se propaganda: exigindo obediência ou impassibilidade.»
«Nunca houve como hoje um governo tão praticante da propaganda? Há 15 anos que vem aumentando, aumentando... O último governo foi o que teve mais vontade e mais meios - que hoje são fantásticos: empresas, agências, inúmeras pessoas a trabalhar com esse objectivo...  
Daí à tal "asfixia" vai - ou não vai - um passo?
O problema é a dependência, não a asfixia... 
Prefere chamar-lhe "dependência"?
Prefiro, acho que é mais grave. Em Portugal quase toda a gente depende do Estado, do governo, das instituições públicas oficiais, dos superiores, dos empregadores. Não há verdadeiros focos de independência. Depende-se de muita coisa: do alvará, de ter autorização, de ser aceite, da boa palavrinha do bom secretário de Estado que diz ao bom banqueiro que arranje uns bons dinheirinhos para fazer o investimento. A dependência é enorme. Não é asfixia, uma vez mais, é dependência. As pessoas têm receio pelo seu emprego, pelo seu trabalho, pelo trabalho da família. Conheço algumas que até têm receio de falar...»
«Que conclusão se impõe tirar? E isto para não lhe perguntar que caminho pisar...
Se não houvesse a Europa e se ainda houvesse Forças Armadas, já teríamos tido golpes de Estado. Estamos à beira de iniciar um percurso para a irrelevância, talvez o desaparecimento, a pobreza certamente. Duas coisas são necessárias para evitar isso. Por um lado, a consciência clara das dificuldades, a noção do endividamento e a certeza de que este caminho está errado. Por outro, a opinião pública consciente. Os poderes só receiam uma coisa: a opinião dos homens livres.
Poderemos estar à beira de uma crise institucional? Com a justiça que temos, sim! Com a cultura dominante nos partidos, sim!» ANTÓNIO BARRETO em entrevista ao iOnline 01-03-2009 rep. ontem
Não concordo inteiramente com António Barreto. Existe DEPENDÊNCIA e existe ASFIXIA ou CLAUSTROFOBIA, etc. Se assim não estivesse a acontecer, quem não dependesse do Estado não sentiria nem uma ou outra. Mas o facto é que se sente !
Mas é sempre um problema encontrar antónimos de Liberdade e de Democracia sem ferir susceptibilidades...

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