3 de novembro de 2009

FMI PEDE "ESFORÇO HERCÚLEO" A PORTUGAL PARA REDUZIR DÍVIDA



«O FMI fez as contas e calcula que os governos vão ter que apertar o cinto mais que na década de 80 para reduzir a dívida pública até 60% do PIB nos próximos vinte anos. Congelar despesa e aumentar impostos são algumas das soluções possíveis.
O FMI estima que a dívida pública atinja os 81,9% do PIB no próximo ano. Ou seja, mais de vinte pontos percentuais acima do limite do PEC (Plano de Estabilidade e Convergência). A Comissão Europeia até é mais pessimista e, nas projecções de Outono hoje divulgadas também, espera que a dívida esteja nos 84,6% do PIB em 2010 e que se agrave até aos 91,1% no ano seguinte. Tudo porque, segundo os números de Bruxelas, o défices em 2009, 2010 e 2011 serão de, respectivamente, de 8%, 8% e 8,7%.»
A confirmarem-se estes novos dados da Comissão, serão os maiores défices desde a década de 80. José Sócrates que conseguiu, como ele próprio fez questão de sublinhar, o défice mais baixo da democracia em 2008 nos 2,6% corre agora o risco de ter também o recorde do maior.
Mas Portugal não é, apesar de tudo, o país em maiores dificuldades nesta altura. O esforço que o FMI "pede" a países como a Irlanda, Espanha, Reino Unido ou EUA para conseguirem chegar a 2030 com uma dívida de 60% do respectivo PIB é mais exigente.  
As receitas do Fundo para atingir este objectivo são simples de identificar mas algumas bastante difíceis de implementar politicamente. Por exemplo, para atingir um ajustamento de oito pontos percentuais no saldo primário estrutural (no caso português são necessários apenas 6,5 pontos), deixa algumas sugestões:
- não renovar as medidas de combate à crise (1,5 pontos),
- congelar em termos reais a despesa pública com saúde e pensões per capita durante dez anos (3,5 pontos), e
- reforçar as receitas através do alargamento da base tributária, do combate à evasão e aumentos de impostos (3 pontos).
JOÃO SILVESTRE, EXPRESSO, 3.Nov2009 

HÁ MANEIRAS E MANEIRAS DE DAR NOTÍCIAS...
ENTÃO OS EUA E A IRLANDA, ASSIM COMO OS NOSSOS MUITO IMPORTANTES PARCEIROS ECONÓMICOS ESPANHA E REINO UNIDO (TURISMO/ALGARVE) SENDO OS PAÍSES QUE SÃO, TÊM QUE AJUSTAR 8% E ESTÃO PIORES QUE NÓS PORQUE «NO CASO PORTUGUÊS SÃO NECESSÁRIOS "APENAS" 6,5%» ???
NA REALIDADE O MIX DE RECOMENDAÇÕES É O MESMO MAS O MIX DE AJUSTE QUANTITATIVO È MENOR EM 1,5%...
QUEM PERGUNTA E QUEM ESCLARECE QUAL A OPÇÃO DO GOVERNO ELEITO PARA ESSE MIX (REPARTIÇÃO/VALORES)? O EXPRESSO? OS SENHORES DEPUTADOS? NAHHH...
O QUE AÍ VEM...
E DEPOIS AINDA HÁ QUEM DIGA QUE A CRISE ESTÁ A PASSAR. 
NOTA:
As previsões de Outono da Comissão Europeia não estão disponíveis em Português. 
Portanto, são só para portugueses que leiam inglês... E isto com um Presidente da Comissão Europeia que é português, deve querer significar contenção orçamental. 
PORTUGAL E A EUROPA nas Autumn Forecasts da União Europeia (em inglês)


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