26 de dezembro de 2009

PALAVRAS DE UM CIDADÃO QUE É BISPO

«Na Homilia de Natal, celebrada na Sé do Porto, D. Manuel Clemente quis deixar um "recado para todos, de que devemos viver a vida mais humanamente e não atabalhoar as questões", explicou o prelado.
"Isto mesmo pode e deve acontecer connosco, irradiando em fé, esperança e caridade, que transformem realmente as diversas situações da vida de cada um, da família à escola, da escola à empresa, da saúde à doença e da vida à morte", sublinhou o bispo, durante a missa.
D. Manuel Clemente chamou, ainda, a atenção para a importância da participação solidária e activa e da presença de Deus nas "dificuldades e das esperanças dos nossos concidadãos".
Num texto que reflectiu sobre os porquês da história da humanidade, o bispo do Porto considerou que o progresso não se faz sem perguntas.
"Destes e doutros porquês se fez a história humana. E mal seria se desistíssemos de os enunciar e aprofundar, resolvendo mal e depressa as questões fundamentais, da vida à família, da sociedade à cultura. Sobre simples desejos, dispersos afectos e disposições de momento não progrediremos como humanidade consciente e responsável, nem como liberdade consistente e racionalidade segura", afirmou.
Para o bispo do Porto, "perguntas de sempre e respostas apuradas pelo devir humano e social são a base sólida para continuarmos idênticos e em identidade progressiva".
D. Manuel Clemente alerta que "de pergunta e resposta se constrói a história humana, para ser consciente, livre e responsável".
"Se dermos mais um passo, sondando o porquê dos nossos porquês, então poderemos chegar, com toda a tradição bíblica, à consideração da vida como vocação", destacou.»DN 25-12-2009

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