«Miguel Freitas considerou hoje em Beja “não haver, por parte da nova estrutura orgânica do Governo, objectivos expressamente claros sobre um projecto de desenvolvimento regional”.
Deputado do PS quer CCDR´s com competências reforçadas.
Miguel Freitas defendeu nas Jornadas Parlamentares do PS dedicadas ao desenvolvimento regional, competitividade e sustentabilidade, a decorrer em Beja, ser “imperioso assegurar uma efectiva territorialização das políticas transversais e sectoriais”, através da atribuição de uma competência reforçada às Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), instituindo assim um mecanismo regular de "conferência de serviços regionais", tendo em vista monitorizar a execução das políticas do território.» OBSERVATÓRIO DO ALGARVE 15-12-2009
Não há objectivos expressamente claros sobre um projecto de desenvolvimento regional por parte da nova estrutura do Governo central. Quem o diz é o presidente do PS/Algarve, que considera imperioso reforçar as competências das CCDRs, de modo a controlar a execução das políticas de cada região.
Nada de mais errado. Reforçar poderes de órgãos não eleitos e dotados do enorme poder de acção não escrutinado democraticamente em permanência, como no caso não-exclusivo das CCDRs, isso é não é compatível nem com qualquer tipo de regionalização democrática, nem com a transparência, nem com o bem-comum.
Como os resultados facilmente evidenciam e como o Algarve no seu todo continua a evidenciar atrozmente.
Como os resultados facilmente evidenciam e como o Algarve no seu todo continua a evidenciar atrozmente.
A regionalização não pode ser apenas apenas mais uma encenação jurídica orquestrada por Lisboa para, com a ampliação dos poderes do centralismo macrocéfalo apenas descentralizados geograficamente, manter o actual polvo público-privado de interesses em actividade.
É precisamente por este tipo de abordagem que a regionalização concreta que interessa, quer ao Algarve quer a Portugal, é a regionalização autónoma e não a administrativa.
Nem toda a investigação operacional estará realizada, mas todos os diagnósticos estão feitos.
O facto é que perante a tragédia colectiva com que todos estamos confrontados, e pelo menos no caso concreto do Algarve, há que ter a coragem de assumir que tal reivindicação tem que ser veiculada e debatida dentro dos partidos políticos nacionais (uma vez que os partidos regionais estão inviabilizados constitucionalmente., coisa pouco democrática, aliás) assumindo-se de uma vez por todas que os interesses nacionais e regionais são solidários e não conflituantes.
O facto é que perante a tragédia colectiva com que todos estamos confrontados, e pelo menos no caso concreto do Algarve, há que ter a coragem de assumir que tal reivindicação tem que ser veiculada e debatida dentro dos partidos políticos nacionais (uma vez que os partidos regionais estão inviabilizados constitucionalmente., coisa pouco democrática, aliás) assumindo-se de uma vez por todas que os interesses nacionais e regionais são solidários e não conflituantes.
As CCDRs e os Governos Civis não têm razão de ser. São factores castradores da vida democrática dos verdadeiros poderes locais e regionais constituídos e a instituir, esses sim legitimados de modo directo pela via eleitoral.
Há outras soluções, que são mais baratas e que implicam o necessário reforço dos poderes de fiscalização do Estado os quais, estes sim, podem e devem ser descentralizados administrativamente com estruturas ligeiras e com verdadeira Organização. Que é uma ciência e não uma qualquer área filosófica do conhecimento.
Há outras soluções, que são mais baratas e que implicam o necessário reforço dos poderes de fiscalização do Estado os quais, estes sim, podem e devem ser descentralizados administrativamente com estruturas ligeiras e com verdadeira Organização. Que é uma ciência e não uma qualquer área filosófica do conhecimento.
É com este desafio que todos os Algarvios e todos os Partidos estão confrontados. Mesmo aqueles que ainda pensam que poderão beneficiar eternamente com a manutenção da configuração institucional actual, que todos sabemos ser insustentável a breve prazo. Daí a urgência que a realidade e um realismo mínimo impõem ao Algarve e a Portugal.
A regionalização é fundamental como factor dinâmico de rapidez na ultrapassagem do gravíssimo colapso nacional latente que constatamos dramaticamente a todos os níveis.
Haja Lucidez e Decência. Tanto em Lisboa como em Faro...
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