31 de janeiro de 2010

UM 31 BEM ARMADO...


foto: Nacho Doce (Reuters)
«Cavaco Silva, que aproveitou a estadia no Porto no âmbito das comemorações do 31 de Janeiro para visitar o lar que se encontra a celebrar 200 anos, referiu que «estar aqui significa também valorizar os ideais da República: da liberdade, solidariedade, de dedicação à causa pública, de respeito à pessoa humana, da educação e conhecimento», assinalou.
Cavaco Silva salientou ainda que «nestes tempos em que se fala tanto de crise não podemos permitir que as crianças, os jovens, que são o futuro do nosso País, tenham o seu bem-estar afetado e que os jovens sejam prejudicados nas suas oportunidades de educação e de realização pessoal».
Momentos antes da visita ao lar, o Presidente da República assistiu, na antiga cadeia da Relação, à inauguração de uma exposição alusiva à revolta do Porto.» iONLINE 31-01-2010
Percebe-se a ideia, mas são apenas palavras de circunstância, profissões de fé sem sentido num momento gravíssimo da vida portuguesa. É assim que se ganha o inferno em que a maioria dos Portugueses está a viver há que tempos..., quer os desempregados quer os (mal) empregados. Nem mais, nem menos.
Neste dia 31 de Janeiro de 2010, Portugal é iniludivelmente um exemplo acabado de todo o contrário do lindo discurso do PR, quanto:
- à Liberdade, que não existe sem independência financeira (da Pessoa ao Estado), nem com comunicação social manipulada, nem com uma Justiça sem meios, totalmente manietada por um Poder Legislativo que está refém de interesses cada vez menos ocultos mas cada vez mais impunes e também manietada por numerosos infiltrados de interesses estranhos à Justiça colocados em postos chave...
- à Solidariedade, cujos custos são o que são, num contexto geral de 70% da população a depender do Estado e em que estupidamente se insiste em negar uma regra basilar de mero bom senso quanto a Pensões, simultaneamente à instituição da Pensão Única: "ninguém pode receber mais do que pagou, com excepção dos casos de solidariedade demonstrada e inequivocamente reais". Formulando, teremos que o total das anuidades a receber a partir do momento da reforma até à idade do indicador "esperança média de vida à nascença" não pode ser superior ao montante global efectivamente descontado capitalizado até esse momento à taxa OT10a. No caso de ocorrer nova reforma, procede-se ao recálculo em vez de se acumular mais  uma pensão..., estando portanto associado a este procedimento absolutamente geral o princípio da pensão única.
Ficou claro? Argumentos contra? Os das pensões múltiplas, os dos direitos adquiridos? E o das respostas excepcionais para situações excepcionais? Vai para a gaveta? Haja Vergonha e trate-se de se fazer o que tem que ser feito em vez de andar a esbanjar dinheiro em pagodes a que ninguém liga. É fazer as contas...
- à dedicação à Causa Pública, de Respeito à Pessoa humana, da Educação e Conhecimento, o melhor é nem sequer dizer mais nada., nem acerca do discurso do surrealista PM que temos.. Uma Vergonha nacional! Trate-se mas é de ir buscar o dinheiro a quem o roubou e que, pelos vistos, ainda pretende continuar a roubar. 

Chamar Crise ao que vivemos é um eufemismo incompreensível após o discurso de Ano Novo e quanto ao «não podemos permitir»... a realidade demonstra que já foi e continua a ser permitido!  Mas nós é muita gente...não exageremos. Já para não falar no caso Casa Pia... 
Para terminar, constatamos a insconsciência infeliz de se fazer uma evocação histórica  com "honras de estado" de um episódio violento num momento potencialmente explosivo, como o PR Cavaco Silva disse há apenas 31 dias atrás... 
O que mudou entretanto? Que mau augúrio. 
A avòzinha manda dizer que não está a perceber nada disto ! 

Notas pretas: 
1. As celebrações dos 100 anos de regime republicano português custarão 10.000.000€!
2. O Governo português transfere para a Presidência da República 16.000.000€/ano.

3. O Governo espanhol transfere para a Casa Real Espanhola 9.000.000€/ano.
4. «A implantação da República foi feita por um golpe militar contra um regime democrático. A monarquia da época era democrática. Havia um partido republicano que tinha ganho as eleições em Olhão e em Lisboa. Mas, a nível nacional, dispunha de 7% dos votos. O que temos para festejar, durante estes cem anos, são três revoluções. Uma delas deu lugar a uma da ditadura. Vão-se gastar 10 milhões de euros para se festejar, no fundo, um acto que só prejudicou o país. Se a revolução de 1910 tivesse valido a pena, então porque é que se teria feito a revolução do 25 de Abril? A revolução do 25 de Abril é a prova provada que o golpe republicano de 1910 foi um falhanço.» D. DUARTE DE BRAGANÇA ao C. Lagos 21-12-2009

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