9 de março de 2010

2010: O ANO DO INTELIGENTE


«Dia 27 de Março abre-se um período de três meses em que o Parlamento pode ser dissolvido. Em rigor a demissão do Governo não implica uma dissolução do Parlamento mas, se o PS exigir eleições, Cavaco terá pouca margem de manobra.
Diferente será se o Governo aguentar até Julho. A partir de Julho o Parlamento não pode ser dissolvido nem podem ser marcadas eleições antecipadas, pelo que uma demissão do Governo implica apenas um afastamento de José Socrates. 
Sócrates sabe que submetendo o PEC a aprovação do Parlamento, (sem necessidade jurídica de o fazer), o que está em causa é uma verdadeira moção de confiança.
A corda estica e PSD e CDS vão estar em grande pressão. Se viabilizam o PEC dão o assentimento ao aumento de impostos. Se o chumbam provocam eleições.» Pedro Pestana Bastos 9-03-2010
excerto de uma crónica do Grande Solilóquio (extraída daqui) a propósito da primavera desgraçada que se aproxima neste ano do Inteligente... Que cada um leia como muito bem entender:
«O pior é quando o touro decide não recolher. Evidentemente que, as ordens do Inteligente importam pouco aos toureiros, ao touro é que não importam mesmo nada. Então temos o bom e o bonito, os campinos a quererem encabrestá-lo, e uns peões a separá-lo com o capote, e uns fulanos a abrirem-lhe portas que ele condescende em ir cheirar, e pela trincheira gestos pedindo uma corda para armar o laço. Entretanto, para manter sempre animada a função, o touro vai dando umas corridas atrás dos campinos, que largam os pampilhos e aí vão em mergulho, de cabeça, para dentro da trincheira, entre as gargalhadas da assistência; depois mal se refazem do susto e se levantam, ainda agitando o barrete e à procura da vara, vão zangar-se com os bandarilheiros, porque se estão a meter no seu trabalho. E o Inteligente? Lá está ele de pé no varandim, a dar ordens que ninguém ouve nem atende. Foi assim nesta corrida. O que valeu foi ser o último. Quando cansado de esperar, resolvi ir-me embora, ao passar atrás do Inteligente gritava ele aos campinos: Deixem entrar os cabrestos! Mas os campinos não deixaram, os cabrestos não entravam, o touro ainda menos: e o Inteligente, voltando desalentado a sentar-se, encolhendo os ombros, tudo o que pôde fazer foi desabafar: São burros!»
 Alguém disse um dia que «Há duas categorias de seres inteligentes: aqueles cujo espírito irradia e os que brilham: os primeiros iluminam à sua volta, os segundos mergulham-nos nas trevas». Que mais será preciso acontecer para que se entenda com consequência qual destas duas categorias de seres inteligentes levaram objectivamente Portugal ao estado actual? 
Não é já claro se é o Inteligente que ainda manda na Música ou é já esta que comanda O Inteligente!...

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