Foi um amigo que me chamou a atenção: não será de encarar a visita do Prof. Cavaco Silva, de 4 a 7 de Março de 2010, à Comunidade Autónoma da Catalunha (e ao Principado de Andorra) também como uma resposta institucional à ingerência do presidente do Governo espanhol (não acredito que o rei Juan Carlos desse seguimento aos telefonemas de José Sócrates...) nos assuntos internos de Portugal? Além do objectivo oficial da visita, importa interpretar o seu sinal, para lá do cânone da diplomacia de relação portuguesa com as autonomias espanholas, seguindo aliás uma política que o Dr. Mário Soares praticou, com maior relevo com a Xunta da Galicia, de dom Manuel Fraga Iribarne.
O sinal da visita é muito importante, neste momento. É que um Estado que não se dá ao respeito acaba menosprezado e subjugado.
Poderia o Presidente da República de Portugal deixar passar em claro o que se tornou público e notório da alegada colaboração do presidente do Governo de Espanha, e secretário-geral do PSOE, Dr. José Luis Rodriguez Zapatero, naquilo que a autoridade judiciária portuguesa designou de «plano governamental para controlo dos meios de comunicação social», que teve a sua consequência iniludível nas eleições legislativas de 27-9-2009?
À luz do que veio publicado, a resposta institucional portuguesa foi bastante suave para a gravidade do comportamento de ingerência do presidente do Governo espanhol nos assuntos internos de um País independente e que lhe tem dispensado uma colaboração fraterna. O presidente do Governo espanhol não deve colaborar num plano que visava, entre outros objectivos anti-democráticos, a supressão de um programa televisivo, o afastamento de jornalistas e a tomada de controlo de uma estação televisiva nas vésperas das eleições legislativas - nem em Espanha, quanto mais em Portugal... É evidente que essa alegada participação no «plano governamental» socialista deve ser esclarecida pelo presidente do Governo espanhol - e até agora não li que tivesse sido. O Dr. Zapatero, na sua função de presidente do Governo espanhol, foi poupado à humilhação de ser citado a responder ao tribunal português sobre a sua alegada participação (denunciada pelos próprios envolvidos) num «plano» que os magistrados do caso Face Oculta entenderam constituir indícios fortes do «crime de atentado contra o Estado de direito» português. Tal como pode agradecer um favor embaraçante se a comissão parlamentar de inquérito ao «plano governamental para controlo dos meios de comunicação social» omitir essa alegada interferência na liberdade de informação em Portugal e a sua consequência anti-democrática no sufrágio de 27-9-2009.
Portanto, andou mal o presidente socialista do Governo espanhol ao ingerir-se nos assuntos internos portugueses e anda muito bem quem lho fizer entender. A.B.CALDEIRA 8-03-2010
O sinal da visita é muito importante, neste momento. É que um Estado que não se dá ao respeito acaba menosprezado e subjugado.
Poderia o Presidente da República de Portugal deixar passar em claro o que se tornou público e notório da alegada colaboração do presidente do Governo de Espanha, e secretário-geral do PSOE, Dr. José Luis Rodriguez Zapatero, naquilo que a autoridade judiciária portuguesa designou de «plano governamental para controlo dos meios de comunicação social», que teve a sua consequência iniludível nas eleições legislativas de 27-9-2009?
À luz do que veio publicado, a resposta institucional portuguesa foi bastante suave para a gravidade do comportamento de ingerência do presidente do Governo espanhol nos assuntos internos de um País independente e que lhe tem dispensado uma colaboração fraterna. O presidente do Governo espanhol não deve colaborar num plano que visava, entre outros objectivos anti-democráticos, a supressão de um programa televisivo, o afastamento de jornalistas e a tomada de controlo de uma estação televisiva nas vésperas das eleições legislativas - nem em Espanha, quanto mais em Portugal... É evidente que essa alegada participação no «plano governamental» socialista deve ser esclarecida pelo presidente do Governo espanhol - e até agora não li que tivesse sido. O Dr. Zapatero, na sua função de presidente do Governo espanhol, foi poupado à humilhação de ser citado a responder ao tribunal português sobre a sua alegada participação (denunciada pelos próprios envolvidos) num «plano» que os magistrados do caso Face Oculta entenderam constituir indícios fortes do «crime de atentado contra o Estado de direito» português. Tal como pode agradecer um favor embaraçante se a comissão parlamentar de inquérito ao «plano governamental para controlo dos meios de comunicação social» omitir essa alegada interferência na liberdade de informação em Portugal e a sua consequência anti-democrática no sufrágio de 27-9-2009.
Portanto, andou mal o presidente socialista do Governo espanhol ao ingerir-se nos assuntos internos portugueses e anda muito bem quem lho fizer entender. A.B.CALDEIRA 8-03-2010
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