
«O que move as sucessivas vozes, quais oráculos, clamando por uma intervenção do PR quanto ao PGR, na sequência dos episódios do fim do caso Freeport?
Descontemos os candidatos a PR, cujo objectivo facilmente se percebe.
É a credibilização da Justiça – numa confusão, quiçá propositada, entre Justiça e Ministério Público (MP) em que os oráculos não deviam cair – e o facto de o PGR ter sido nomeado pelo PR, como proclamam?
Curiosidades: é comum a tais oráculos movimentarem--se na área de influência do partido do Governo; nada terem dito sobre o apoio do MJ ao PGR – Alberto Martins é candidato a "nadador salvador" do ano pois já é a segunda bóia que lança ao PGR na sequência de idêntico apoio no caso Face Oculta – ; não reclamarem uma intervenção do PM quanto à actuação do PGR.
Nem se diga que o PM tem de manter o silêncio. Aqueles argumentos ainda se aplicam com mais razão de ser ao PM. A credibilização do MP deve ser preocupação do Governo, tanto ou mais do que do PR, e o PR só nomeia o PGR por indicação do Governo.
A conclusão é óbvia: a preocupação real dos oráculos não é aconselhar bem o PR, mas antes amarrar o PR às actuações/decisões do PGR nos casos Freeport e Face Oculta.»
«É engraçado ver as vozes que, sob o pretexto do prestígio da Justiça, atacam instituições legítimas, cujos membros e dirigentes são conhecidos e que não vivem de subsídios do Estado, calarem-se perante os poderes ocultos da sociedade, tipo Opus Dei e Maçonaria.
A mesma atitude tiveram face à opacidade do arquivamento, pelo PGR, em expediente administrativo, da denúncia do crime de atentado contra o Estado de Direito, no âmbito do caso Face Oculta.
A democracia vive bem sem pais, papas ou padrinhos, mas não sobrevive sem liberdade de associação e de expressão.»
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