14 de agosto de 2010

O QUE MAIS SERÁ PRECISO PARA SEPARAR O JÁ TÃO POUCO TRIGO DE TÃO PUTREFACTO JOIO?

«O que move as sucessivas vozes, quais oráculos, clamando por uma intervenção do PR quanto ao PGR, na sequência dos episódios do fim do caso Freeport?
Descontemos os candidatos a PR, cujo objectivo facilmente se percebe.
É a credibilização da Justiça – numa confusão, quiçá propositada, entre Justiça e Ministério Público (MP) em que os oráculos não deviam cair – e o facto de o PGR ter sido nomeado pelo PR, como proclamam?
Curiosidades: é comum a tais oráculos movimentarem--se na área de influência do partido do Governo; nada terem dito sobre o apoio do MJ ao PGR – Alberto Martins é candidato a "nadador salvador" do ano pois já é a segunda bóia que lança ao PGR na sequência de idêntico apoio no caso Face Oculta – ; não reclamarem uma intervenção do PM quanto à actuação do PGR.
Nem se diga que o PM tem de manter o silêncio. Aqueles argumentos ainda se aplicam com mais razão de ser ao PM. A credibilização do MP deve ser preocupação do Governo, tanto ou mais do que do PR, e o PR só nomeia o PGR por indicação do Governo.
A conclusão é óbvia: a preocupação real dos oráculos não é aconselhar bem o PR, mas antes amarrar o PR às actuações/decisões do PGR nos casos Freeport e Face Oculta.»

«É engraçado ver as vozes que, sob o pretexto do prestígio da Justiça, atacam instituições legítimas, cujos membros e dirigentes são conhecidos e que não vivem de subsídios do Estado, calarem-se perante os poderes ocultos da sociedade, tipo Opus Dei e Maçonaria.
A mesma atitude tiveram face à opacidade do arquivamento, pelo PGR, em expediente administrativo, da denúncia do crime de atentado contra o Estado de Direito, no âmbito do caso Face Oculta.
A democracia vive bem sem pais, papas ou padrinhos, mas não sobrevive sem liberdade de associação e de expressão.»

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