O NERVO CIÁTICO DA CUMPLICIDADE

«Uma das normas de execução permanente do sistema soft-Putin, que vigora no nosso País, é o cordão sanitário do silêncio e da censura. Só quebram o silêncio, mencionam o que os adversários dizem e, nesse caso, desviam, sempre, a questão da mensagem, e dos factos que lhe subjazem, para o mensageiro, quando estes tocam num interesse muito sensível do poder e não podem continuar a ignorar esse assunto, por se ter tornado público, demasiado notório e, principalmente, perigoso. Aí, o tema, que cozia em lume brando, faz saltar a tampa da panela de pressão e o sistema emprega os meios para repor a sua ordem. Nada disto é novo, pois é certo e sabido. Mas relembro.

A prova de que toquei com os factos subjacentes e os nexos visíveis no nervo ciático da cumplicidade, e da tentativa em curso nos bastidores de aumentar - ou manter (Plano B)... - essa cumplicidade, com o meu post «A escolha do novo Patriarca de Lisboa e a autonomia da Igreja portuguesa», de 9-9-2010, é o poste insultuoso, na linha da habitual violência colérica do sistema, na Câmara Corporativa, o blogue da secção suave, que trabalha em conjunto com as operações negras da «malta da pesada» («prepara-te porque estás a lidar com malta da pesada... não te quero assustar»...), da estrutura de informações do poder. Aliás, orquestrado com este outro do governamentalizado jornalista socialista libertino Miguel Marujo.» A.B.CALDEIRA 15-09-2010