«Há dias foi colocada, com pompa e cerimónia, a primeira pedra no local onde será construída a Barragem do Tua.
Este foi inevitavelmente o momento em que desaguaram todos os ditos e escritos, que ao longo de meses mancharam jornais e demais meios de comunicação. Nestes, vários argumentos foram debitados por ambas as partes - sim, pois nestas coisas há sempre "partes" e "partidos" - , os quais fui lendo. E ouvindo, com a atenção de alguém que suspeitou estar prestes a encontrar um familiar desaparecido.
De facto, tudo me soou demasiado familiar. Por um lado os ambientalistas, contra, por outro lado o Governo e muitos empresários e tecnocratas da velha guarda - alguns novos velhos, também - anunciando a boa nova e dignos objectivos; por intermédio da eficaz máquina propagandista.
...
Se o problema a resolver é o da poupança de energia e/ou a diminuição da dependência, e a estimativa do custo do Plano Nacional de Barragens é de 7.000 milhões de euros, facilmente chegamos a conclusão que por esse valor - dividido por 11 milhões de portugueses -, podem-se instalar por cada cidadão uma instalação solar fotovoltaica, um aerogerador ou uma microturbina e, depósitos de água para recolha da água da chuva. Aproveitando assim o facto de sermos o país europeu com maior exposição solar e com maior espaço marítimo. Com o benefício de as bases infra-estruturais já existirem, e todos podermos usar os nossos telhados, coberturas e terraços como centrais de recolha de energia realmente limpa. Sem impermeabilizar mais solo, ou alagar terrenos férteis e paisagens ricas.» ARKITECTOS 19-02-2011
ATÉ QUANDO MEU DEUS?
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