O presidente do Movimento Cívico «REGIÕES, SIM», JOSÉ MENDES BOTA, classificou hoje de “infelizes” e “inexactas” as declarações do Presidente da República ao jornal espanhol “La Vanguardia” sobre regionalização em Portugal, recordando que os referendos não têm “efeito perpétuo”.
(...) “O Presidente da República não foi feliz nas declarações que entendeu proferir sobre a regionalização em Portugal, ao jornal de Barcelona. Estranhamente, escolheu precisamente a Catalunha, um dos exemplos mais fortes da pujança política e do desenvolvimento económico e social da descentralização regional, para defender o centralismo português, que faz de Portugal o único país da Europa que não tem um nível intermédio de administração entre os municípios e o governo”, declarou à Lusa Mendes Bota.
Mendes Bota refere ainda que as declarações do Presidente da República são “inexactas” por darem a entender que “Portugal rejeitou a criação de comunidades autónomas como as espanholas, o que é incorrecto“.
“O que esteve e está em causa é um simples modelo de regionalização administrativa, sem poderes legislativos, nem criação de uma nova classe política. É isso que está na Lei de Bases em vigor, cujo autor foi precisamente um governo presidido pelo actual Presidente da República, em 1991, enquanto era primeiro-ministro”, recorda o também deputado no Parlamento.
“O país não parou em 1998. E o modelo centralista já deu sobejas provas de que só tem acentuado os desequilíbrios regionais e a desertificação humana e económica da maior parte do território nacional”, reforçou.» O ALGARVE 5-03-2010
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